sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Não é apenas mais uma história de amor...

HISTÓRIA DE AMOR: Eu queria escrever uma história de amor. Eu queria pensar como é possível escrever uma história de amor, como eu faria. Como seria pensar isso hoje, em 2003? Com esses esfacelamentos, esses confinamentos internos, essa coisa que não é mais nem egóica, as pessoas não estão mais nem fechadas nelas mesmas, estão fechadas ninguém sabe mais nem aonde, os distanciamentos, e ao mesmo tempo umas proximidades esquisitas, uma esquizofrenia, enfim. Então pensei numa dignidade amorosa que seria um amor que se sente e não importa muito o objeto. (Manoel Ricardo de Lima)


PARTES DO LIVRO "AS MÃOS" de Manoel Ricardo de Lima.

("vivo um confinamento de tempo, tudo é dentro de casa.


"Desta mesa só consigo ver os homens, lá, pela vidraça, Lá fora, como uma farsa, provável, famintos, miseráveis desta condição. (...) Apenas daqui, pela janela que fica frente à mesa onde apóio os braços e escrevo, aqueles homens lá, inventados pela insipidez do que nos seres humanos é podridão ordem desvio dobra funil desmesura. O que nos é real, talvez seja, ao menos, uma ilusão de fato. E tenho me revirado em busca das últimas moradas que tenho dEla".

"As paredes explicam que o tempo, passagem, esgotamento, cansaço, se faz nas variantes desorganizadas de meu estado".

("Perto não se fica a quem não se conhece as mãos")

"Lá fora, custa-me dizer, não existe mais".

beijos Manoel

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